Como é Sumeru do Genshin Impact na atualização 3.0
Desde a gloriosa introdução de Inazuma no patch 2.0, o aguardo por atualizações redondas em Genshin Impact é inevitável. Agora, com a chegada do 3.0 e a consequente região de Sumeru, o sentimento de antecipação se repete. O jogo foi atualizado para a versão 3.0, vamos explorar o conteúdo específico juntos!
Aqui, as nossas impressões sobre Sumeru, a história, as mecânicas de gameplay inéditas -- com atenção ao controle do elemento Dendro -- e muito mais (incluindo dois dos novos personagens).
Bem-vindo à selva - Guns N' Roses
Assim como na região inspirada no Japão, o primeiro contato com Sumeru é algo além de mágico. Um novo ambiente com biomas diferenciados e um visual como nunca antes visto. Atravesse um túnel no ressecado Despenhadeiro de Liyue e, em instantes, você se vê imerso em uma deslumbrante selva tropical.
Não demora muito para que você tenha, também, o seu primeiro contato com o Dendro, baseado no controle das plantas e elemento da Arconte regional. A primeira estátua está logo na área inicial e você é incentivado a visitá-la assim que assume o controle do Viajante.
Após algumas missões em uma área que serve basicamente para te introduzir aos problemas locais que você ajudará a resolver, você será encaminhado à cidade de Sumeru e, aqui, temos um novo choque. Quem pensou que toda a região seria composto de uma floresta densa e um deserto árido (vamos chegar lá, calma) estava errado.
Sumeru é uma bela cidade em uma área mais aberta do mapa, com arquitetura inspirada em regiões do Oriente Médio e Índia. Há a presença de um louvor tecnológico aqui que, de certa forma, remete ao afrofuturismo contemporâneo, que vemos em ascensão em obras como o popular filme Pantera Negra.
Falta de representatividade racial
Curiosamente, apesar da evidente conexão com as regiões do mundo real mencionadas anteriormente, e conforme já havia sido apontado anteriormente pelos fãs, há um problema na retratação dos cidadãos de Sumeru: eles são majoritariamente brancos.
Genshin Impact sofre com a evidente falta de representatividade racial desde a concepção, com a única personagem com a pele mais escura disponível até agora sendo a divertida Xinyan. Embora não fosse uma desculpa plausível, por um tempo, aceitamos com algum desprazer as decisões de design da HoYo, já que as regiões presentes no jogo até agora foram inspiradas na Alemanha/Holanda, China continental e Japão.
Desta vez, estamos em uma área notoriamente inspirada no sul asiático, Oriente Médio e com a região saariana. Parece que a desenvolvedora de Genshin ouviu um pouco da reclamação da comunidade e passou a deixar os personagens que vêm da região desértica com uma pele um pouco mais escura do que o branco habitual.
No entanto, não foi o suficiente para me convencer -- essa parece ter sido uma tentativa de contenção de danos em vez de um verdadeiro esforço para trazer representatividade ao jogo. Ainda há uma ausência inquietante de personagens de pele escura, em especial, de pessoas mais retintas. Isso sem contar a repetição da história do branco salvador, embora isso se aplique de uma maneira distorcida, já que o branco está salvando a outros brancos pela mera falta de representatividade.
Do ponto de vista geológico e ecológico, no entanto, a região de Sumeru em si é capaz de tirar o fôlego e é incrivelmente variada. Há florestas densas, campos um pouco mais abertos, muita verticalidade, um sistema aquático delicioso (você pode navegar os rios com o seu barco, o que difere bastante da experiência de exploração em oceano aberto em Inazuma ou no Arquipélago de Maçã Dourada) e, o mais destoante de todos, o deserto esquecido pela antiga Arconte da região.
Não pretendo aprofundar muita a explicação da história por trás do deserto de Sumeru, até porque não cheguei ao local, mas é preciso mencionar o quão impressionante é termos, basicamente, dois mapas muito distintos, basicamente opostos, em uma única região. Conforme as novas versões chegam, mais conheceremos desta área e dos principais personagens atrelados à área (ficarei na mesma expectativa que fiquei esperando pelas novas ilhas de Inazuma após a versão 2.0).
Mesmo evitando spoilers sobre a narrativa, preciso apontar que a história local é suficientemente envolvente e complexa, de modo a fazer você esquecer da história mais ampla. Há intrigas políticas e divinas ali que não têm conexão evidentemente direta com a busca do Viajante pelo irmão ou pela irmã -- essa é basicamente a sua desculpa para conhecer locais inéditos, pessoas novas e ouvir os contos que nascem dali.
Dendro? Pego meu Cryo e vou embora
Uma das principais novidades em termos de gameplay é a adição do controle do elemento Dendro, até então o único dos sete elementos que não estava disponível para jogadores. Com o poder de manipular as plantas, o Viajante e outros personagens, como Collei e Tighnari, podem fazer combinações elementais com Pyro, Hydro e Electro e gerar reações inéditas.
Embora seja uma adição empolgante e abra um imenso leque de combinações de times para formar, confesso que não fui atraído pelo Dendro o quanto eu esperava -- e eu não esperava muita coisa. É, sim, bem-vinda a possibilidade mudar a estrutura do seu gameplay com base nessas reações elementais, mas vi poucos motivos para usá-las mais do que qualquer outra.
Assim, não me vi envolvido com as habilidades de Collei ou Tighnari, por mais que os designs deles sejam lindos. Eventualmente, habilidades Dendro são necessárias para a resolução de puzzles, mas vou guardar meus tiros de Desejos para outros personagens que parecem mais interessantes, como Cyno, Dehyna e a recém-anunciada Candace.
De maneira geral, a versão 3.0 de Genshin Impact promete trazer sangue novo ao game por um bom tempo, assim como foi com a introdução de Inazuma há um ano. Ainda assim, é necessário aponta que, embora a HoYo saiba construir mapas lindos e desenvolver um gameplay divertido, ela ainda precisa aprender a criar personagens mais verossímeis, a fim de atingir mais públicos e fazer o mínimo no quesito de representatividade.
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